Jaquelina Amado e o despertar de uma nova consciência

Estivemos à conversa com Jaquelina Amado, a autora do curso “Restart”, disponível na plataforma da School of Self. 
Jaquelina Amado

Estivemos à conversa com Jaquelina Amado, a autora do curso “Restart”, disponível na plataforma da School of Self. 

Já alguma vez pensou em fazer restart na sua vida? É essa a proposta de Jaquelina Amado, responsável pelo curso curso “Restart”, disponível na nossa plataforma. O conceito, bastante pertinente hoje em dia, reflete sobre a necessidade de realinharmos a nossa rotina, com foco na eliminação de tensões acumuladas. Atualmente, é importante pararmos para percebermos o que nos rodeia.

Nesta entrevista, Jaquelina Amado partilha também o seu percurso profissional e destaca inclusive as fases contínuas do processo de crescimento pessoal, entre as quais destacamos a importância de lidar com emoções, analisar crenças e procurar uma nova compreensão de si mesmo. Tudo isto com uma abordagem integrativa, onde as terapias energéticas desempenham um papel crucial, alinhadas à sua natureza sensível e inovadora.

Jaquelina Amado

O que significa “Restart” e “despertar uma nova consciência”?

A ideia de dar um conjunto de ferramentas surgiu, quer da observação das pessoas em geral quer da minha prática clínica. Desde a pandemia que ficou muito claro como as pessoas vivem de forma acelerada, assoberbadas por inúmeros estímulos e exigências. Numa sociedade que privilegia o desempenho, as multitarefas, perdeu-se o hábito de parar. Restart funciona como uma oportunidade de dar uma pausa para se realinhar, carregar baterias, eliminar tensão acumulada. Quando damos essa possibilidade ao nosso sistema corpo/mente, através de pequenas práticas ou exercícios estamos a quebrar um ciclo fechado de um sistema interno sobrecarregado, onde funcionamos em piloto automático.

Nesta forma de funcionar reagimos às circunstâncias de forma automática e pouco criativa. Ao estarmos mais focados e presentes, surge um espaço interno de autoconsciência que nos permite, verdadeiramente, reagir de formas diferentes, mais assertiva e essa é a expressão viva de despertar para uma nova consciência, de nós, e dos outros. O resultado é uma maior qualidade de vida.

Quais são as fases que integram o processo de transformação pessoal?

A transformação pessoal é um processo permanente, não acaba. Em geral, permite-nos aceder a aspectos de nós que ocultamos e fazer algo de diferente com eles. Aprendemos a lidar com o que sentimos e analisamos os nossos sistemas de crenças. Procuramos uma nova compreensão, da nossa história pessoal e de quem somos e quem nos queremos tornar. Analisamos o nosso diálogo interno e os nossos sabotadores, os nossos medos e também o nosso potencial. É uma construção e não é linear, há avanços e recuos, faz parte. Dependendo do que se estiver a trabalhar, por vezes o processo, é sentido como um luto, em que no início pode trazer tristeza, revolta e só depois aceitação e integração de algo novo, pode ser uma nova compreensão, um sentimento, um comportamento.

Jaquelina Amado
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Como descreve a sua jornada académica e profissional que a levaram a se especializar em Psicologia Clínica e, posteriormente, a se envolver em terapias energéticas?

Tenho uma natureza sensível o que me levou a querer ir para uma profissão de ajuda. O meu percurso iniciou-se em áreas mais tradicionais que considero essenciais. Ao longo da minha prática fui percebendo da necessidade de ter outras ferramentas que pudessem ajudar. O ser humano é complexo logo torna-se necessário um reportório terapêutico um pouco mais amplo que possa chegar às necessidades daqueles que me procuram. Qualquer instrumento, corrente terapêutica é útil, uma não é melhor que outra. A abordagem energética é mais uma e que está mais alinhada com a minha natureza aberta e inovadora.

Quais considera serem os benefícios do trabalho terapêutico para quem se encontra numa fase da vida confusa, turbulenta ou numa encruzilhada?

Em qualquer altura podemos procurar ajuda terapêutica, mas se há um momento mais propicio é quando estamos a viver uma mudança, ou quando estamos a lidar com uma perda, ou bloqueados. Se estamos a viver um momento pessoal mais exigente, mais intenso ou desafiante, a terapia permite que esse momento possa ser vivido ou enfrentado com mais suavidade. Durante um período da nossa vida, o terapeuta funciona como um co-piloto, e o espaço terapêutico funciona como um laboratório, colocam-se hipóteses, ensaiam-se novas atitudes, deixamos o olhar viciado acerca da nossa vida, o nosso ângulo de visão amplia-se, ganhamos robustez psicológica, novos recursos para lidar com os desafios.

Qual tem sido a reação das pessoas em relação às terapias energéticas?

As pessoas são muito receptivas, mas eu nunca imponho, como digo sempre, eu convido. Como trabalho de forma integrativa, a terapia energética tem um contexto no processo. A área de intervenção da terapia energética que mais uso é para quadros ansiosos.

Como autora do e-book “Um Guia para a Mudança”, quais são os principais conselhos para aqueles que procuram a mudança pessoal mais profunda? O e-book é um resumo muito completo do processo de mudança. No entanto, para quem está a passar ou a ter dificuldades numa área de vida, pode não conseguir sozinho fazer essa travessia. Procurar ajuda é sempre uma boa decisão. Eu digo que é o melhor investimento que podemos fazer em nós mesmos. Para quem está a passar por algo, é importante lembrar que deve ser gentil consigo mesmo, tratar-se com cuidado e aprender a lidar com o tempo. O tempo é um aliado. Atualmente queremos tudo muito rápido, aprender a parar, silenciar. Treinar o olhar para uma nova perspectiva, saber ter distanciamento, relativizar.

Jaquelina Amado
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Qual sente ser a maior adversidade nos dias de hoje que nos deixa com medo da mudança?

A insegurança e instabilidade em termos globais, pois os últimos anos foram muito desafiantes, a crise económica, a pandemia e a guerra. As pessoas mais inseguras têm mais dificuldade porque a sua resistência à mudança é maior. Trabalhar para construir uma auto-estima mais saudável será o melhor antídoto para momentos de adversidade.

Tendo em conta a sua experiência, como é que o trabalho terapêutico pode ajudar pessoas que estão a passar por momentos de crise a olharem para a transformação como uma janela para o futuro?

O trabalho terapêutico é uma oportunidade que damos a nós próprios, para reescrever o nosso caminho. Uma das sensações que as pessoas têm é a de repetição. Percebem que têm uma dificuldade e apesar de intelectualmente saberem o que estão a fazer menos bem, continuam a cometer o mesmo erro, a cair no mesmo buraco.

A terapia promove os recursos internos que muitas vezes não estão a ser utilizados, seja por desconhecimento ou por insegurança, isso abre-nos a novas possibilidades, a vida amplia-se, tornamos o impossível (que muitas vezes é só da nossa cabeça e dos nossos medos), possível.

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